Se a solidão é um muro fora
de uso, serei o tijolo desse muro e em todas as frinchas procriarei em
liberdade. A liberdade do silêncio que me traz amiúde a imagem do impossível.
Como impossíveis são grades da mente não lamento nunca por estar sozinha. Lamento
todos os sonhos por viver acorrentados à materialidade das coisas, lamento até
o medo de envelhecer. Teriam os dias a mesma beleza se a noite não existisse?
De Antónia Ruivo: num dia sem
impossíveis.
Foto: via Google
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